O terreno fértil da criatividade está repleto de projetos-cadáveres nunca acabado.

Seja o fotógrafo ou o amante: Sua íris, seu diafragma; Sua pálpebra, sua cortina; Sua retina, seu negativo. Sempre seja o fotógrafo e o amante: fotografia, tempo; fotografia, registra; fotografia é a não morte do tempo. Sempre seja aquele que enseja: Minha verdade em negativo; Minha alma para o positivo; Minha realidade no meu cérebro. Vida vivida na fotografia, Olho desloca; Olho enquadra; Olho, a vida na câmera escura. Alan Marques

Sozinho com meu pensamento escrevo uma carta para mim mesmo. Pergunto para mim quem sou? Espero uma reposta honesta, Mas sei que essa carta vai se perder no tempo. Não há certeza nessa vida. A única certeza é que o destinatário nunca será encontrado.

Proposta de projeto para pós: Usar a representação da Câmara Escura para traçar a relação com a captura do real pelos pintores e fotógrafos em diálogo com os seguintes trechos de Heráclito: XC - Um homem acende uma lâmpada para si mesmo à noite, quando a visão se apaga. Vivo, ele toca o morto em seu sono, desperto, toca o que dorme; XXVIII – Fui em busca de mim mesmo; LXXX – A afinação invisível é melhor do que a óbvia; CIX – Raio de luz é a alma seca, a melhor e mais sábia; A apresentação: Performance capturada em vídeo desse estudante com sua cabeça inserida em uma câmera escura intercalada com reproduções dos quadros de Van Gogh e fotografias do Sebastião Salgado. Precisaria de diretor de cena porque não tenho a menor experiência nessa área e sou muito tímido. Segue a proposta da Câmara Escura:

O tema escolhido para o projeto é: E ntre o sonho e o desperto -  vida, um pesadelo?

Penso, Entendo, Importo, Temo, Ouço! Quem sou? Peso, Envergo, I (e) mpino, Teso, Ofendo! Quem sou? Pega, Esfrega, I (e) ncosta, Toca, Oh, goza! Quem sou?